economia

Operação Bullish é mais uma da série de apurações contra irmãos Batista e J&F

A holding J&F, controladora da JBS, Eldorado, Alpargatas, Vigor, Banco Original, Oklahoma e Canal Rural, entre outras empresas, é alvo recorrente de Operações da Polícia Federal (PF), incluindo a Bullish, deflagrada nesta sexta-feira (12).

A operação agora realizada investiga supostas irregularidades no repasse de R$ 8,1 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à JBS, mas na quinta-feira, 11, a própria PF fez uma ação de busca e apreensão na planta de celulose da Eldorado, em Três Lagoas (MS) na quarta fase da operação Lama Asfáltica, iniciada em 2015.

Entre as operações mais recentes, em janeiro deste ano a operação Cui Bono apurou o suspeitas de irregularidades de pagamento de propina na liberação de financiamento de R$ 4,3 bilhões da Caixa Econômica Federal para empresas, entre elas as da holding J&F.

No ano passado, em 1º de julho, a PF realizou outra operação de busca na sede da J&F, na Eldorado. A holding havia sido citada em delação premiada do ex-vice-presidente da Caixa, Fábio Cleto sobre o recebimento de propinas em grupos empresariais que obtiveram aportes milionários do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS). No dia, a PF realizou também buscas na residência de Joesley Batista, presidente da holding.

Outra grande operação, a Greenfield ocorreu em setembro, e investigou desvios de R$ 8 bilhões nos fundos de pensão Funcef, Petros, Previ e Postalis. À época, Joesley e o irmão Wesley Batista foram alvos de conduções coercitivas à sede da PF. Assim como ocorreu hoje na Bullish, Joesley estava fora do País.

Ainda em setembro do ano passado, os irmãos foram afastados no comando da companhia, que foi assumido pelo outro irmão José Batista Júnior, mas logo em seguida retomaram o controle após firmarem um acordo com o Ministério Público Federal. O acordo firmado previa o pagamento em juízo de R$ 1,5 bilhão.

Outras investigações, passando pela holding J&F e seus diretores, o frigorífico Bertin (comprado pela JBS em 2009) e BNDES, já influenciaram as ações da JBS e, desde outubro de 2015. A companhia ainda não se pronunciou sobre a operação desta sexta-feira.

A JBS foi ainda citada na Operação Carne Fraca, divulgada em março deste ano que investigou corrupção e fraudes envolvendo fiscais do Ministério da Agricultura e empresários e funcionários de frigoríficos e empresas de carnes processadas.

A companhia vai divulgar resultado financeiro do primeiro trimestre de 2017 na próxima segunda-feira (15), que provavelmente será afetado pela operação Carne Fraca.

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