A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e grandes produtores que não pertencem ao grupo encerraram hoje uma reunião em Viena sem chegar a um acerto sobre a extensão dos atuais cortes na produção da commodity além de março de 2018, disseram autoridades da Opep após o fim do encontro.

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Desde janeiro, Opep e seus parceiros – que incluem a Rússia – vêm buscando diminuir sua produção combinada em torno de 1,8 milhão de barris por dia. Havia alguma expectativa de que o acordo pudesse ser estendido além do primeiro trimestre do ano que vem.

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Segundo representantes da Opep, a possibilidade de prorrogar o acordo foi discutida e países do cartel que hoje não participam do pacto se comprometeram a se juntar aos esforços para reduzir a oferta.

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Ao sair da reunião em Viena, o ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, disse que recomendar a extensão do acordo não era algo que precisasse ser feito hoje. Já o ministro de petróleo da Venezuela, Eulogio del Pino, afirmou que os produtores vinham “avaliando todas as opções, inclusive uma extensão” do pacto além de março.

Novak também declarou o grupo teve “intensas discussões” para restringir a produção da Nigéria e da Líbia, dois integrantes da Opep que foram isentos do pacto.

De acordo com Del Pino, a Opep e seus aliados garantiram um compromisso de que a Nigéria irá congelar sua produção assim que chegar a 1,8 milhão de barris por dia. A Líbia, por sua vez, não fez promessas com o argumento de que enfrenta vários problemas e tem uma produção muito instável, relatou o venezuelano.

O grupo também está disposto a monitorar as exportações de petróleo, e não apenas a produção. Para várias autoridade, as exportações são um melhor indicador para avaliar os esforços de reequilibrar os mercados. Segundo o ministro de Petróleo do Kuwait, Essam al-Marzooq, os produtores passarão a “usar os dados de exportação como um mecanismo”. Al-Marzooq também comentou que vários países acreditam haver necessidade de mais cortes na oferta de petróleo.

Em comunicado divulgado após a reunião, a Opep informou que o grupo e parceiros cumpriram 116% do acordo de redução em agosto, o maior nível desde que o pacto entrou em vigor.

A Opep voltará a se reunir em novembro, quando poderá chegar a uma decisão final sobre a extensão do acordo. Fonte: Dow Jones Newswires.