São Paulo (AE) – A reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), na próxima segunda-feira em Viena, na Áustria, já tem uma direção: deverá decidir pela manutenção do nível atual de produção para atender plenamente os países consumidores, que não estão satisfeitos apenas com o preço da commodity, que hoje está ao redor dos US$ 67 o barril.
Mas a queda de 11 dólares registrada pela commodity desde o início de julho poderá causar pressão no futuro para um corte de produção. A organização vem acelerando sua produção há mais de um ano, com objetivo de fazer estoques para enfrentar um eventual corte. A estratégia, liderada pela Arábia Saudita, o maior produtor, tem se mostrado correta, já que a demanda por parte das refinarias tem sido atendida.
O preço do petróleo caiu fortemente desde o recorde de 78,40 dólares o barril, preço atingido em 14 de julho, quando a guerra de Israel no Líbano contra o Hezbol-lah trouxe receio de um conflito amplo no Oriente Médio.
Estoques sobem nos EUA
Os estoques de derivados de petróleo e gasolina nos Estados Unidos subiram na última semana, impulsionados pelo aumento no volume de produção das refinarias com o fim da tradicional temporada de uso excessivo de carros no país, informou o governo.
Os estoques de derivados, que incluem óleo para aquecimento, cresceram 3,1 milhões de barris, para 139,9 milhões de barris. A maior parte desse avanço ocorreu por conta das reservas de diesel. Os estoques de gasolina subiram 700 mil barris, para 206,9 milhões, patamar quase 7 por cento acima do volume estocado no mesmo período do ano passado, informou o governo.
Os estoques de petróleo, por sua vez, recuaram 2,2 milhões de barris, superando as expectativas, para 330,6 milhões de barris. A queda foi puxada pelo aumento de 0,7% na produção das refinarias.