A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) fez poucas alterações para seu cenário de consumo da commodity na América Latina no ano que vem no Relatório Mensal da instituição, divulgado nesta quarta-feira, 14, em relação ao documento publicado em novembro. Pelas projeções da instituição, a demanda pelo produto deve cair em 90 mil barris por dia em 2016 e ser ampliada para 70 mil no próximo ano.
“Em 2017, as expectativas de crescimento para a demanda de petróleo na América Latina são similares às do mês passado, com uma perspectiva de melhora econômica em relação a 2016”, analisou a Opep. “O consumo deve ser orientado pela melhora das condições econômicas na região, com a estimativa de que o Brasil deve liderar a expansão da demanda”, acrescentou.
A demanda por petróleo no Brasil voltou a recuar em outubro ante o mesmo mês do ano anterior em 220 mil bpd, o que significa um recuo de 8,7% nessa comparação, para 2,32 milhões de bpd. Esse declínio, de acordo com a Opep, reflete a retração da atividade econômica do País. Todos os subprodutos do petróleo tiveram uma performance bem abaixo da esperada pela Organização em outubro, com exceção do consumo de gasolina que continuou a crescer no mês, subindo 4,2%, para 30 mil bpd, ante o mesmo mês de 2015.
O relatório lembra que a gasolina se mantém como a melhor escolha em termos econômicos para os motoristas do País do que o etanol.
A demanda por combustível da cana, na outra ponta, caiu 110 mil barris por dia (31,5%) na mesma comparação. Já a queda do diesel, que também foi reduzida em 110 mil bpd durante outubro, um recuo de 10,6% na comparação anual, foi atribuída pela Opep à redução da atividade econômica do Brasil.
“Assim como na previsão do mês passado, a demanda por petróleo no Brasil de 2016 deve ser reduzida, uma vez que a atividade econômica mais lenta no País deverá impactar negativamente a necessidade do produto”, avaliou a instituição no relatório mensal.