O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduziu a previsão de chuva na maior parte do País ao longo do mês de março. Em sua primeira revisão das estimativas, a entidade passou a prever um volume de afluências no Sudeste em 88% da média histórica para o mês, 5 pontos porcentuais abaixo que o previsto inicialmente. Com isso, o nível de armazenamento dos reservatórios da região deve subir 1,5 p.p. menos que o calculado anteriormente, chegando em 31 de março nos 44,6%, ante os 37,5% anotados na quinta-feira, 1º de março.

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Para o Nordeste, a projeção de Energia Natural Afluente (ENA) caiu de 58% para 56% da média de longo termo (MLT) de março. Com isso, os reservatórios da região devem alcançar 36,9% da capacidade ao final deste mês, 0,5 p.p. menos que o previsto inicialmente. Na quinta-feira, o índice estava em 26,8%.

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Já para o Norte, as afluências previstas seguem acima da média histórica, mas baixaram 3 pontos porcentuais, para 109% da MLT de março, enquanto a projeção de armazenamento dos reservatórios da região segue em 66,5% ao final do mês, ante os 61,6% verificados na quinta.

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Na contramão, a expectativa de chuvas no Sul aumentou, 5 p.p., para 78% da média histórica de março, permitindo que os reservatórios da região alcancem 64,1% – ainda assim, 2 p.p. menos que o inicialmente estimado e abaixo do 72,6% anotados na quinta.

Carga

O ONS também revisou a projeção de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) em março para 69.496 MW médios, o que corresponde a um crescimento de 0,7% na comparação anual, ante os 0,5% inicialmente projetados. O leve aumento reflete a perspectiva de maior expansão da carga no Sul, para 12.410 MW médios, alta de 3,4% frente março de 2017, ante o 1,5% previsto anteriormente.

A demanda do Norte também foi elevada, para 5.637 MW médios, alta de 1,1%, 0,5 p.p. acima do estimado inicialmente. Por outro lado, a carga do Nordeste foi revista para baixo, reduzindo o nível de expansão em 0,8 p.p., para 2,7%, para 11.248 MW médios.

Já a previsão de carga para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste foi mantida em 40.201 MW médios, o que corresponde a uma retração de 0,7% frente ao anotado em março de 2017.

CMO

As novas projeções levaram o ONS a elevar um Custo Marginal de Operação (CMO) dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul para R$ 222,56 por megawatt-hora (MWh) na média da segunda semana operativa de março (entre 3 e 9 de março), ante os anteriores R$ 195,56/MWh. Já o CMO do Nordeste aumentou de R$ 191,61/MWh para R$ 213,70/MWh, enquanto no subsistema Norte, o CMO segue zerado, por conta do “vertimento turbinável” em usinas da região.

O CMO é utilizado como referência para a definição do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), indicador que deve ser divulgado ainda esta tarde pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).