economia

ONS reduz previsão de carga para o País em março

Em sua última revisão para o desempenho do sistema elétrico em março, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduziu a projeção de carga para o Sistema Interligado Nacional (SIN) 68.756 MW médios, o que corresponde a um crescimento de 2,3% ante o registrado em março de 2015. A alta será menor que os 3,5% previstos na semana passada, mas acima do modesto 1,1% projetado inicialmente.

A redução na projeção da carga nacional é puxada por uma diminuição dos volumes previstos para o Sudeste/Centro-Oeste (da ordem de 507 MW médios) e o Sul (294 MW médios), mas também foi reduzida a carga estimada para o Norte, em 57 MW médios. Com isso, o submercado Sudeste/Centro-Oeste crescerá 1,8% em março, abaixo 3,1% estimados anteriormente.

No Sul, a alta será de 3,7%, abaixo dos anteriores 6,3%. Para o Norte, o crescimento será de 2,3%, não mais 3,4%. Já a carga prevista para o Nordeste sofreu ligeira elevação, de 6 MW médios, o que levará a um aumento 0,1 ponto porcentual maior, de 2,2% ante março de 2016.

Chuvas

No que diz respeito às projeções de afluências, destaque para a região Sul, onde a expectativa de Energia Natural Afluente (ENA) acima da média histórica, indicada na semana passada, foi frustrada e o ONS passou a esperar ENA em 87% da média de longo termo (MLT) para o subsistema, o que deve levar o armazenamento a 44,6% de sua capacidade, 3 p.p. abaixo da estimativa anterior. Isso significa uma expectativa de consumo da água armazenada nos reservatórios da região, já que na quinta-feira a Energia Armazenada era de 47,09%.

As afluências esperadas para o Norte, por sua vez, foram ligeiramente elevadas, de 86% para 87% da MLT, levando o indicador de armazenamento a 64,9%, um ponto porcentual acima do esperado semana passada. Quinta-feira, a Energia Armazenada na Região alcançou 63,37%.

As ENAs previstas para as regiões Sudeste e Nordeste foram mantidas em 71% e 24% da média histórica, respectivamente. Mas o armazenamento previsto para a principal região de hidrelétricas do País recuou de 42,3%, 0,4 p.p. abaixo do esperado anteriormente, mas ainda acima dos 41,45% anotados na quinta. Já a Energia Armazenada no Nordeste deve chegar a 21,3% na semana que vem, abaixo dos 21,66% de quinta.

CMO

O Informe do Programa Mensal de Operação (IPMO) divulgado nesta sexta-feira pelo ONS também informa sobre o custo de geração de energia em todo País. Para a semana entre 25 e 31 de março, a média semanal do Custo Marginal de Operação (CMO) foi fixada em R$ 221,01 /MWh para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, voltando a registrar aumento após ter recuado aos R$ 204,12/MWh na semana passada.

O CMO para o Nordeste, por sua vez, mostrou leve queda, depois de uma sequência de altas. O valor recuou a R$ 353,30/MWh, abaixo dos R$ 365,07/MWh da semana passada. O custo para o Norte ficou mais uma vez zerado, tendo em vista o “vertimento turbinável” em usinas da região.

O CMO é utilizado como referência para a definição do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), indicador que deve ser divulgado ainda nesta tarde pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

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