O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou nesta sexta-feira, 15, a terceira revisão de projeções para o sistema elétrico em janeiro, e mais uma vez anunciou previsões mais favoráveis para o início do ano. A melhoria nas condições do sistema, desta vez, foi generalizada, com destaque para o submercado Sudeste/Centro-Oeste, responsável por 70% da capacidade de armazenamento de água no País. O ONS elevou de 104% para 128% da média de longo termo (MLT) a previsão de Energia Natural Afluente (ENA) em janeiro. Confirmada a previsão, o nível de água armazenada nos reservatórios subirá dos atuais 33,65% para 44,6%. Na sexta-feira passada, a projeção estava em 39,2%.
No caso da região Sul, a previsão de ENA foi elevada de 214% para 216% da média histórica durante meses de janeiro. Para a região Norte, a previsão subiu de 30% para 39% da MLT. No Nordeste, o indicador subiu de 29% para 35%.
As previsões do ONS sugerem que o nível de água armazenada na região Sul cairá dos 95,9% registrados ontem para 95,7% no dia 31 de janeiro. No Nordeste, o número subirá de atuais 5,63% para 12,3%. No Norte, a alta esperada é de 15,92% para 25,4%.
Carga
O Informe do Programa Mensal de Operação (IPMO) divulgado nesta sexta também apresentou a terceira revisão para a carga de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) em janeiro. O indicador, que dimensiona a demanda por energia no sistema, aponta queda de 3,8% em relação a janeiro do ano passado, menos adversa do que a retração de 4,5% prevista uma semana atrás. A carga deve atingir 66.992 MW médios no período.
A queda continua sendo explicada pela redução da demanda nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul. No SE/CO, a carga encolherá 4,8%. No Sul, a queda esperada é de 5%. A previsão para região Nordeste também é negativa, com retração de 3,3%. No Norte, o número previsto é positivo, de 7,2%.
CMO
A perspectiva mais favorável para o nível dos reservatórios na região Sudeste resultou na queda do Custo Marginal de Operação (CMO), válido para o intervalo entre 16 e 22 de janeiro. Nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul, o indicador foi revisado de R$ 12,60/MWh para R$ 9,66/MWh, queda de 23,3%.
No Nordeste, onde o nível dos reservatórios permanece reduzido, o número caiu de R$ 477,49/MWh para R$ 304,29/MWh, variação de 36,3%. No Norte, o CMO foi fixado em R$ 12,78/MWh, retração de 64,4% sobre os R$ 35,85/MWh divulgados na sexta-feira passada.
O CMO é utilizado como referência para a definição do preço de liquidação das diferenças (PLD), indicador que deve ser divulgado ainda esta tarde pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).