O diretor geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp, disse, nesta terça-feira, 20, que o atual modelo energético brasileiro tornou mais árduo o trabalho de operar o sistema energético brasileiro. Com menos reservatórios e um modelo pautado principalmente no menor custo da energia e questões ambientais, e não em garantir maior segurança de abastecimento, a necessidade de transferência energética entre as regiões e de maior volume de energia gerada nas térmicas se tornou uma constante.

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“Está ficando cada vez mais difícil e estressante (operar o sistema). Não há reservatórios, e com isso há mais geração térmica. Não apenas neste ano, mas também em anos com uma hidrologia próxima da média”, afirmou o executivo, que participa nesta manhã de evento organizado pelas federações das indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Rio de Janeiro (Firjan). “Para garantir atendimento, vamos precisar operar mais térmicas”, complementou Chipp, sinalizando uma mudança no modelo de abastecimento energético do País.

Chipp destacou que a geração elétrica a partir de fontes hídricas terá uma adição de cerca de 20 mil MW ao longo dos próximos anos. Desse total, porém, aproximadamente 200 MW serão atendidos por projetos com reservatórios, o que reduz a segurança do sistema. “A eólica suprirá a necessidade? Não podemos contar apenas com isso, por isso precisaremos das térmicas”, alertou o diretor-geral do ONS.

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