A falta de dinamismo da produção industrial brasileira impediu que houvesse um aumento expressivo no consumo de energia no País na passagem de junho para julho, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A carga de energia teve um crescimento de apenas 0,8% no mês, em relação ao mesmo período do ano passado, para 61,496 mil MW médios, de acordo com o boletim de carga mensal, divulgado nesta quarta-feira, 06.

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Os números informados pelo ONS sobre a carga, que é a soma do consumo de energia mais as perdas do sistema, são preliminares. Na comparação com junho deste ano, houve um crescimento de 1,2%. Já no acumulado de 12 meses, a expansão da carga no País foi de 4,6%.

No boletim, o ONS descartou a ocorrência de efeitos externos sobre o resultado da carga, como a ocorrência de condições climáticas atípicas. Além disso, o mês de julho não teve tantos feriados quanto o de junho, notou o operador.

“O desempenho da carga do SIN (Sistema Interligado Nacional) pode ser explicado pelo comportamento da indústria que continuou, durante o mês de julho, não apresentando uma dinâmica de crescimento bem definida. Conforme sinalizado pela sondagem da Indústria da FGV – Fundação Getulio Vargas, apesar da diminuição do número de feriados em relação ao mês anterior influenciar favoravelmente a produção, os estoques elevados e o desaquecimento da demanda continuaram a ser fatores limitativos do crescimento”, justificou o ONS.

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O boletim chama atenção para o fato de o Índice de Confiança da Indústria (ICI), apurado pela FGV, ter recuado 3,2% na passagem de junho para julho, ao passar de 87,2 para 84,4 pontos.

“Após a sétima queda consecutiva, o índice atinge o menor nível desde abril de 2009 (82,2 pontos)”, lembrou o Operador, na nota. “O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) diminuiu de 83,5% para 83,2% entre junho e julho, atingindo o menor patamar desde outubro de 2009 (82,6%)”, acrescentou.

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Entre as regiões do País, a carga de energia no subsistema Sudeste/Centro-Oeste cresceu 0,4% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 36,672 mil MW médios. No Sul, a expansão foi de 0,2%, para 10,613 mil MW médios. No Nordeste, houve queda de 0,3%, para 9,169 mil MW médios. No Norte, o aumento foi de 7,5%, para 5,042 mil MW médios.