Consumidores que adquiriram veículos da montadora alemã Volkswagen com serviço de rastreamento da Crown Processamento de Dados – que permite a exata localização do carro em caso de roubo ou furto – estão sendo convidados a participar de uma ação civil pública de ressarcimento.
A mesma é encabeçada pela organização não governamental (ong) Neofênix, que não tem fins lucrativos e atua em prol da defesa dos direitos do consumidor e do meio ambiente.
Segundo o procurador da ong, Asbra Michel Mateus Izar, pessoas de todo Brasil adquiriram produtos Volkswagen dotados de rastreamento. Entretanto, quando necessitaram utilizá-lo para obter a localização de seus veículos, descobriram que o mesmo não estava mais ativo.
O procurador calcula que os proprietários de veículos com rastreador tenham direito, em média, a R$ 600,00 de ressarcimento por ano desde que possuem o carro e o serviço de rastreamento foi desativado.
“Aconselhamos os proprietários dos carros cujo serviço foi oferecido a contratarem um advogado e ingressarem na ação civil pública, que tramita perante a 7.ª Vara Cível de Curitiba, sob número 1375/2008. Quanto mais consumidores ingressarem e disserem que foram lesados, melhor será o procedimento judicial”, explica o procurador.
Além de representante da Neofênix, Asbra também é um dos consumidores que se sentiram lesados com a desativação do rastreamento. Ele conta que, em agosto do ano passado, ele trocou um veículo Golf por um Jetta e pediu para que o serviço fosse transferido de um para o outro.
“Foi então que descobri que o mesmo não estava mais ativo. Me senti bastante prejudicado, pois quando comprei o Golf, uma das alegações do vendedor era inclusive que o seguro do carro ficaria mais barato em função do rastreamento.”
A Volkswagen, através de sua assessoria de imprensa, explicou que, como não recebeu, até agora, nenhuma notificação a respeito do assunto, não irá se manifestar por enquanto. A reportagem de O Estado não conseguiu contato com os responsáveis pela Crown Telecom.
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