O total de jovens ocupados em trabalhos informais diminuiu de 2007 para 2011 no Brasil, informou o estudo “Trabalho decente e juventude: políticas para a ação”, divulgado nesta quinta-feira, 13, pela Organização Mundial do Trabalho (OIT). De acordo com o levantamento, em 2007, 52,6% dos jovens brasileiros ocupados entre 15 e 24 anos trabalhavam em condições de informalidade, ante 41,6% em 2011, o que representa uma queda de 11 pontos porcentuais no período.
Segundo o estudo, diversos fatores econômicos e sociais, além de intervenções políticas, ajudam a explicar o aumento da formalidade. Entre eles, estão a maior retenção de jovens no sistema de ensino do País, o que reduz o total de ocupados expostos a condições precárias no mercado de trabalho.
Além disso, o documento cita medidas como a simplificação do registro e a diminuição de impostos para pequenas e médias empresas, bem como uma maior conscientização sobre a importância da formalização jurídica, beneficiando em especial os trabalhadores domésticos.
Na América Latina e Caribe, dos 48,3 milhões de jovens ocupados no mercado de trabalho entre 15 e 24 anos, mais da metade, ou 55,6%, atuaram em empregos informais em 2011. Em 2007, o porcentual era de 60,6%, ou seja, houve uma queda de 5 pontos porcentuais no período.
Segundo a entidade, apesar do cenário favorável de desenvolvimento econômico da região nos últimos anos, este movimento não foi suficiente para melhorar significativamente a situação dos jovens no mercado de trabalho.
“É evidente que crescimento não basta”, disse a diretora regional da OIT para a América Latina e Caribe, Elizabeth Tinoco, em comunicado à imprensa. “Estamos diante de um desafio político que demanda uma demonstração de vontade na aplicação de políticas inovadoras e de efetividade para enfrentar os problemas da precariedade laboral.”
Na América Latina e Caribe, existem cerca de 108 milhões de jovens, dos quais cerca de 56 milhões fazem parte da força de trabalho, ou seja, que têm um emprego ou estão buscando uma ocupação.