O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, disse hoje que a empresa tem condições de atender a todos os municípios da sua área de concessão, até o fim do ano, com serviços de banda larga (internet rápida). Ele reiterou, no entanto, que, para ofertar um produto com preços abaixo dos valores cobrados no mercado, sempre será exigida alguma forma de incentivo. Falco, que apresentou na sexta-feira passada ao governo uma proposta para assumir a dianteira do programa de massificação da banda larga, encontrou-se nesta tarde com o ministro das Comunicações, José Artur Filardi, mas disse que o assunto não foi tratado na reunião.

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Segundo ele, a Oi já chegou com a infraestrutura de banda larga em boa parte do País e que terá cobertura total de sua área até o fim de 2010. A concessionária atua em todos os Estados brasileiros, à exceção de São Paulo, área de concessão da Telefônica. O executivo explicou que o preço médio cobrado pela Oi pelos serviços de internet rápida é de R$ 56 e para chegar aos R$ 35 (por 600 kbps) esperados pelo governo, é necessário algum tipo de incentivo fiscal.

“Não há ofertas abaixo de preços de mercado que não precisem de incentivos. Todas elas precisarão”, afirmou. Ele não detalhou, no entanto, de que forma isso será feito, disse que cabe ao governo decidir. “Uma das alavancas, vocês sabem, é desoneração de impostos, principalmente de serviços que não existem. Como eles não existem, não existem os impostos”, acrescentou, referindo-se à arrecadação.

Ontem, uma fonte do governo informou que a implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) será feita em parceria com as empresas privadas. Mas Falco não quis confirmar a possibilidade de o plano ser anunciado oficialmente com a participação da Oi. “Isso é coisa de governo, o governo é quem tem que decidir isso, a gente só vai dar nossa contribuição.”

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Falco voltou a dizer que a Oi é a maior operadora de banda larga do Brasil, com 5 milhões de clientes. “A gente praticamente já fez todas as localidades do Brasil. Temos uma capacidade de observação de custos e de maneiras de fazer que a gente acha que vai dar uma contribuição. E o governo sempre foi muito receptivo a isso”, afirmou.

Segundo ele, a ideia do governo é usar todas as infraestruturas disponíveis e que hoje existem quatro redes nacionais (“backbones”) no Brasil: da Oi, da Embratel, da Intelig e da Eletronet. Esta última o governo pretende usar para atuar no atacado, oferecendo transmissão de dados, e ela seria administrada pela Telebrás. Falco explica, no entanto, que, para montar uma rede da banda larga com segurança, seria bom ter mais de uma infraestrutura. “Se puder fazer uma combinação desses backbones de forma a baratear para o consumidor, isso é desejável”, afirmou.

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Segundo ele, a Oi, na sua proposta, não apresentou nenhuma restrição à participação de outras empresas no programa, mas reforçou que a maior parte das metas de universalização dos serviços acabam ficando com a Oi. “Historicamente a empresa (Oi) acaba ficando com mais de 90% sempre. Se alguém quiser entrar, seja bem-vindo, mas nunca vi muitos candidatos na universalização. Vejo mais candidatos na competição”, afirmou.