As operações de consolidação do controle do Grupo Oi (ex-Telemar) nas mãos dos grupos Andrade Gutierrez e La Fonte e de aquisição da Brasil Telecom (BrT) pela Oi deverão movimentar perto de R$ 11 bilhões. Os dois negócios acontecerão em paralelo e resultarão na formação de um grande grupo nacional de telecomunicações. A expectativa é de que o anúncio saia na semana que vem e que as demais etapas do negócio sejam concluídas em três meses.
Para consolidar o controle do Grupo Oi, os grupos Andrade Gutierrez, de Sérgio Andrade, e La Fonte, de Carlos Jereissati, vão usar R$ 2,5 bilhões na compra de participações acionárias de outros sócios na holding do grupo, a TmarPart. Desse total, cerca de 40% serão em recursos próprios e 60%, o equivalente a R$ 1,5 bilhão, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo uma fonte que acompanha os entendimentos para a formação do novo grupo de telecomunicações.
Já a compra da BrT será feita pela operadora Oi. O negócio é avaliado em R$ 8,5 bilhões, sendo R$ 4,8 bilhões para os controladores e os R$ 3,7 bilhões restantes para os minoritários. A Oi tem um caixa atual de aproximadamente R$ 6,5 bilhões e capacidade de levantar financiamento. Já foram feitas consultas a bancos, que já deram sinal positivo prévio para a tomada de recursos. Essa dívida será paga, no futuro, com o lançamento de debêntures. Como resultado, a BrT passará a ser controlada pela Oi e, indiretamente, pela sua holding, a TmarPart.