O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, disse hoje que a formalização do ingresso da Portugal Telecom (PT) na composição acionária da companhia será concluída num prazo entre 30 e 45 dias a partir do anúncio do negócio, no final do mês passado. Segundo ele, esse foi o período estimado pelos envolvidos na negociação. “É o que vai acontecer”, afirmou hoje, após participar do Fórum Especial com candidatos à Presidência, no Rio.

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Falco ressaltou que, com o ingresso da PT na Oi, a operadora de telecomunicações brasileira também passa a deter 10% da portuguesa, fortalecendo o seu plano de internacionalização. Segundo ele, futuros investimentos em conjunto no exterior ainda não foram definidos, mas a tendência é de que as duas companhias dividam em partes iguais a alocação de recursos. O principal foco seria o mercado em países em desenvolvimento da América do Sul e África.

“Precisamos ver que a PT vai participar de 10% do controle da Oi, mas a Oi vai participar de 10% da Portugal Telecom. É absolutamente simétrico isso, inclusive em número de conselheiros nos dois lados. A partir dessa aliança teremos um ganho de escala importante”, afirmou Falco, citando maior poder de barganha na compra de equipamentos e ativos.

“Existe uma ideia, ainda não discutida, mas bem aceita, de que as expansões internacionais possam ser feitas na base de 50% de cada companhia. Isso tem uma coisa importante porque diminui muito a nossa barreira de entrada em algum país e também diminuiu muito para eles, já que todos os riscos e capitais serão divididos pela metade. Acho que é uma coisa muito boa”, afirmou.

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O executivo afirmou que a harmonização das sete classes de ações da companhia, com a incorporação da Brasil Telecom, é uma necessidade. Mas indicou que uma nova proposta aos acionistas só será realizada numa segunda etapa. Ele atribuiu ao número excessivo de classes a volatilidade das ações da Oi após o anúncio do acordo com a PT.