A disputa societária que emperrava a compra da operadora de telefonia Brasil Telecom (BrT) pela também operadora Oi (ex-Telemar) parece ter chegado a um fim. O Citigroup, Opportunity e fundos de pensão, acionistas em ambas as empresas, alcançaram ontem à noite um acordo verbal para colocar um fim a todas as pendências judiciais, no Brasil e no exterior, de acordo com fontes diretamente envolvidas na operação.

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Os grupos à frente da negociação para a compra da BrT – Andrade Gutierrez, de Sérgio Andrade, e La Fonte, de Carlos Jereissati – haviam fixado o dia de ontem como prazo limite para os demais sócios entrarem em um acerto.

Segundo fonte ligada ao bloco de controle do grupo Oi, a retirada das ações judiciais "destrava o processo e permite prosseguir com a operação de compra". Ele observou que o acerto entre Citi, Opportunity e fundações para retirar as pendências judiciais deverá ser rápido, já que suas documentações estão bastante avançadas.

O fato relevante formalizando a compra deve sair nos próximos dias, podendo ser publicado já na semana que vem, conforme outro interlocutor. Porém, a assinatura do contrato entre as empresas estará condicionada à mudança do Plano Geral de Outorgas (PGO), decreto-lei que hoje proíbe a união entre teles de áreas de concessão diferentes. Essa mudança na regulamentação já está sendo preparada pelo governo.

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Conforme uma das fontes, também estão em estágio "bastante avançado" os acertos envolvendo a governança corporativa da nova empresa e a documentação referente à compra da BrT, que deve girar entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5,2 bilhões pelo bloco de controle da Oi.

Embora tenha se mostrado satisfeito com o fato de a principal trava à operação ter sido derrubada, esta fonte observou que os compradores só poderão comemorar realmente quando os órgãos reguladores aprovarem a operação e o "cheque for descontado".

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