A compra da Brasil Telecom pela Oi continua a acarretar corte de funcionários. Depois das 400 demissões anunciadas em fevereiro, agora estão sendo afastados “aproximadamente 500 empregados”, segundo informação da assessoria de imprensa da operadora. O motivo alegado é o de sobreposição de funções – principalmente na área de mercado e vendas. Ainda de acordo com a assessoria, cerca de 20% dos desligamentos fazem parte do plano de aposentadoria incentivada, criado em fevereiro.
“Cerca de 200 vagas permanecerão em aberto e serão preenchidas mediante recrutamento no mercado”, informa a empresa. As demissões de fevereiro, logo após a conclusão do negócio, concentraram-se em cargos gerenciais. “Após definir o quadro gerencial, a companhia deu prosseguimento à implantação de sua nova estrutura com uma análise detalhada dos outros níveis da organização. Assim como previsto e já verificado na etapa anterior, foi identificada necessidade de realocação geográfica de colaboradores, cumprida apenas parcialmente, e foram constatadas sobreposições, que não poderiam ser mantidas no novo desenho da empresa”, informa a assessoria.
Durante a negociação para a compra da Brasil Telecom, a Oi firmou compromisso de manter empregos por um prazo de três anos. A operadora alegou mais tarde, porém, que o compromisso é referente ao número de postos de trabalho e não à estabilidade dos funcionários de então. Como a empresa está expandindo atividades, especialmente no mercado de São Paulo, novas vagas estão sendo criadas, compensando a perda de postos da antiga Brasil Telecom.
“A Oi faz parte de um grupo responsável por mais de 100 mil empregos diretos no Brasil. Os ajustes não afetam o compromisso (de manutenção do emprego), que está sendo devidamente honrado. A companhia estima permanecer como importante geradora líquida de empregos no País”, diz a operadora.
Ainda de acordo com a Oi, “os trabalhadores que deixarem a companhia receberão, além dos direitos trabalhistas e previstos nos acordos sindicais, pacote de indenização que inclui 0,3 salário para cada ano de trabalho na empresa, com piso de um salário e meio e teto de seis salários. Para os empregados inseridos no plano de aposentadoria incentivada, a indenização é de 0,4 salário para cada ano, com limite de doze salários”, além de outros benefícios como manutenção até dezembro de plano de saúde e seguro de vida.