Emprego

Oficinas mecânicas sentem a falta de profissionais

Em Curitiba, segundo informações da Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego (SMTE), existem cerca de 5 mil vagas de trabalho em aproximadamente 4 mil oficinas mecânicas formais. Na maioria das vezes, as mesmas não são preenchidas devido à falta de profissionais qualificados para ocupá-las.

Com o objetivo de minimizar o problema, a SMTE está firmando um convênio com o Sindicato das Empresas de Reparação de Veículos (Sindirepa) para capacitação de mão-de-obra. Com isto, serão ofertados cursos de qualificação nas áreas de mecânica para motocicletas e de autocenters. Além disso, a SMTE irá manter um programa de currículos de profissionais da área de mecânica que constantemente será disponibilizado às empresas do setor.

“Vamos nos empenhar para capacitar os jovens para o mercado de trabalho e requalificar os profissionais da área, uma vez que neste setor (automobilístico) as mudanças são cada vez mais rápidas”, explica o secretário municipal do Trabalho e Emprego, Jorge Bernardi.

A funcionária de uma oficina mecânica localizada no bairro Bigorrilho, Viviane Mariano, confirma que é bastante difícil encontrar pessoas para trabalhar. “Muita gente deixa currículo aqui na oficina. Porém, a maioria delas não tem nenhuma experiência prática. Algumas vezes, até fizeram um curso básico de mecânica, mas isso não é suficiente para que elas comecem a trabalhar. Temos muita dificuldade em encontrar bons funcionários”, diz.

No centro da cidade, o gerente comercial de outro estabelecimento, Alexsander de Oliveira, também destaca o problema e revela que ele não é recente. “De uns dez anos para cá, tem ficado cada vez mais difícil encontrar pessoal capacitado para trabalhar. Falta formação e até mesmo interesse em aprender. Na capital, existem alguns cursos voltados a mecânicos, entretanto eles são pouco procurados. Por isso, também acredito que, embora existam muitas vagas de trabalho, também são poucas as pessoas que se interessam em trabalhar em oficinas mecânicas”, afirma.

Alexander comenta que, atualmente, as oficinas têm disputado os bons profissionais, o que vem gerando uma briga interna no setor entre os proprietários dos estabelecimentos. “Uma oficina vem tentando pegar o funcionário da outra, através da oferta de melhores salários e condições de trabalho. Eu mesmo, nos últimos tempos, perdi uns sete funcionários e fico de olho quando sei que alguém está se desligando de uma oficina concorrente. Estamos montando uma nova loja no Alto da XV e uma das maiores dificuldades tem sido encontrar pessoas capacitadas para trabalhar no lugar.”

Se você tiver críticas ou sugestões escreva para emprego@oestadodoparana.com.br.

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