A oferta global de petróleo teve alta de 260 mil barris por dia (bpd) em fevereiro, a 96,52 milhões de bpd, à medida que tanto a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) quanto produtores de fora do grupo ampliaram a produção, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE).
Em relatório mensal, a AIE, que presta consultoria sobre políticas de energia a países industrializados, informou que a produção da Opep cresceu 170 mil bpd no mês passado, a 32 milhões de bpd.
Isso significa que a Opep cumpriu em fevereiro 91% de sua meta de reduzir sua produção diária em 1,2 milhão de barris, taxa que havia atingido 105% no mês anterior, segundo números revisados, explicou a AIE.
A Arábia Saudita, líder informal da Opep, registrou o maior avanço na produção do mês passado, com alta de 180 mil bpd, a 9,98 milhões de bpd. O dado de janeiro do maior exportador de petróleo do mundo foi revisado, para 9,8 milhões de bpd.
Já na Rússia, maior produtor fora da Opep, a produção ficou em 11,478 milhões de bpd em fevereiro, de acordo com estimativa da AIE. Isso significa que os russos já reduziram a oferta em 119 mil barris, o equivalente a 40% da meta de corte de 300 mil bpd.
A AIE notou, contudo, que a tendência da oferta é de alta, uma vez que a produção dos EUA atingiu 9 milhões de bpd no mês passado. O número de plataformas em operação nos EUA também cresceu, alcançando um total de 617 em março, ante a mínima de 318 registrada em maio do ano passado.
Apesar dos esforços da Opep, os estoques do grupo de países desenvolvidos que formam a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) subiram pela primeira vez em seis meses em janeiro, em 48 milhões de barris (ou 1,5 milhão de bpd), a 3,03 bilhões de barris.
Dados preliminares de fevereiro indicam uma modesta queda de 5 milhões de barris nos estoques da OCDE, a despeito de avanços recentes nos EUA.
O crescimento da demanda global por petróleo deverá desacelerar para 1,4 milhão de bpd em 2017, de 1,6 milhão de bpd em 2016. A China, que tradicionalmente influencia a demanda global, teve um fraco início de ano, devido a temperaturas baixas e menor demanda industrial, afirmou a AIE. Outros indicadores antecedentes sugerem desaceleração similar em outros países industrializados, como Japão, Alemanha, Coreia e Índia. Fonte: Dow Jones Newswires.