As companhias aéreas Ocean-Air e BRA fecharam um acordo operacional para o atendimento do mercado doméstico. A partir do dia 18 de junho as duas empresas atuarão de forma conjunta, atendendo 55 cidades, das quais, 15 são novas rotas. As companhias estão apostando em cidades consideradas de média e baixa densidade e que hoje não são atendidas de forma direta pela concorrência. Com isso, a expectativa é que as duas juntas consigam atingir 10% do mercado até o final do ano, com uma média de 300 mil passageiros mês, e fiquem com a terceira posição do setor.

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O acordo operacional foi aprovado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em 15 de maio, e desde o dia 21 do mês passado os canais de vendas das duas empresas já comercializam os bilhetes conjuntos. Segundo o diretor executivo da OceanAir, Renato Pascowitch, o propósito do acordo foi se tornar competitivo e criar alternativas para cidades menores, que hoje estão fora das rotas de centros como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba.

As novas rotas atendidas pelas companhias passam a ser Ji-Paraná (RO), Vilhena (RO), Porto Velho (RO), Alta Floresta (MT), Sinop (MT), Araguaina (TO), Altamira (PA), Palmas (TO), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Bauru (SP), Presidente Prudente (SP), Uberaba (MG), Vitória (ES) e Manaus (MS). Pascowitch ressaltou que a partir de agora serão 1.800 combinações possíveis de conexão entre as cidades, além de um maior número de vôos diários nos chamados horários nobres, e criação de cinco novos hubs que permitem interligar os principais aeroportos do País – Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Cuiabá e Curitiba.

O acordo vale também para o transporte de cargas, e as companhias não descartam a possibilidade de uma parceria para vôos internacionais, apesar disso depender de entendimentos entre os países. Os representantes das duas empresas se dizem otimistas com o mercado de aviação, que hoje cresce em média 15%. O diretor de marketing da BRA, Luiz Barreto, acredita que os problemas enfrentados nos aeroportos foram pontuais e que a tendência é que cada vez mais os passageiros de transporte terrestre migrem para viagens aéreas. 

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