Seis meses depois da explosão da crise do sistema financeiro internacional, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) diagnosticou a “desaceleração” da economia brasileira. A análise, revelada na sexta-feira (6), em Paris, foi feita a partir dos Indicadores Compostos Avançados e revela que as perspectivas econômicas dos países desenvolvidos e emergentes para os próximos seis meses são as piores verificadas desde os anos 1970. Mesmo assim, o Brasil ainda enfrenta uma situação menos grave se comparada a de 34 grandes mercados.

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Os Indicadores Compostos Avançados servem para indicar a tendência de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no horizonte de um semestre. De acordo com o levantamento, o Brasil é o único não classificado com avaliação “forte desaceleração” dentre os 35 analisados. Pelo método utilizado, quedas abaixo de 100 pontos são interpretadas como declínio da atividade econômica em um futuro próximo – de quatro a oito meses. Além de ter o melhor indicador (total de 98,8 pontos), o Brasil é país é o que menos perdeu desempenho em 12 meses (-5,4 pontos).

“Está claro que os efeitos da crise financeira global se mostraram com algum atraso no Brasil”, explicou ao Estado, Gyorgy Gyomai, economista da OCDE e autor do relatório. Segundo ele, os indicadores de comércio assinalavam um panorama favorável para o Brasil mesmo quando outros países davam sinais de declínio da atividade. “Não está claro se o declínio da atividade será menos dramático no Brasil ou se ele seguirá com retardo a desaceleração das economias OCDE”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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