A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu a previsão para o crescimento do Brasil em 2014 e 2015. Em relatório anual sobre as perspectivas da economia global, a Organização cortou a expectativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) nacional de 2,2% para 1,8% em 2014. Com isso, a organização que reúne as principais economias desenvolvidas do planeta prevê que o Brasil vai crescer menos do que a média verificada nos países ricos.

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No documento Economic Outlook, divulgado nesta terça-feira, 6, em Paris, economistas da OCDE também reduziram a previsão de crescimento da economia brasileira em 2015. A expectativa para o próximo ano foi reduzida de 2,5% para 2,2%. As previsões anteriores haviam sido divulgadas em novembro passado. Com os novos números previstos para o Brasil, a OCDE acredita que a economia nacional crescerá, também, mais lentamente do que a média observada nos países ricos e também na média mundial.

No relatório, a OCDE prevê crescimento médio de 2,2% para a economia dos 34 países da OCDE e de 3,4% na média mundial neste ano. Em 2015, o Brasil também deve crescer menos que os 2,8% previstos para a OCDE e que os 3,9% esperados para a média mundial.

“A economia (brasileira) perdeu seu impulso apesar de a inflação permanecer teimosamente acima do centro da meta. A política monetária mais apertada, a menor demanda externa e as incertezas políticas geradas pela eleição presidencial devem pesar na atividade durante 2014”, explica a OCDE no relatório no trecho dedicado ao Brasil. “Em 2015, o crescimento do PIB deverá aumentar um pouco, mas com restrições persistentes na oferta, incluindo um mercado de trabalho apertado, e necessidade de continuidade das políticas macroeconômicas apertadas para segurar a demanda doméstica.”

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Para a OCDE, com o crescimento esperado de 1,8% em 2014 e de 2,2% em 2015, o Brasil seguirá abaixo do crescimento potencial. A Organização justifica essa situação pelos gargalos no lado da oferta. No lado da demanda, a OCDE diz que “as exportações devem superar a demanda doméstica especialmente porque a demanda global tende a se recuperar e haverá efeitos atrasados da taxa de câmbio”.