O crescimento das economias desenvolvidas será mais fraco neste ano do que no ano passado, à medida que a expansão nos EUA e no Japão for parcialmente contrabalançada por uma contração mais profunda do que a esperada na zona do euro, à qual o Banco Central Europeu (BCE) deve responder com novos estímulos. A avaliação foi apresentada pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) em seu relatório de perspectivas econômicas.

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O Produto Interno Bruto (PIB) dos 34 membros da OCDE deverá crescer 1,2% neste ano, uma piora em relação à previsão anterior de que a expansão seria igual à de 2012, de 1,4%. Enquanto os estímulos monetários e fiscais do Japão vão alimentar uma recuperação mais forte no país do que o esperado anteriormente, a zona do euro terá contração de 0,6% neste ano, em vez da leve contração de 0,1% prevista antes.

No relatório a OCDE coloca boa parte da responsabilidade do impulso à recuperação econômica sobre os ombros dos bancos centrais, especialmente do BCE, já que os altos níveis de dívida deixam pouco espaço para os governos usarem a política fiscal para estimular o crescimento. “A política monetária vai continuar carregando a maior parte da responsabilidade de sustentar a atividade, incluindo por meio de medidas não convencionais”, afirmou o economista-chefe da OCDE, Pier Carlo Padoan, no documento.

As recomendações surgem enquanto os principais bancos centrais do mundo adotam diferentes estratégias em conjunções sensíveis. Nos EUA, o Federal Reserve recentemente sugeriu a possibilidade de reduzir as compras de US$ 85 bilhões em bônus por mês, enquanto o Banco do Japão está se movendo na direção oposta, depois de introduzir a meta de atingir inflação de 2,0% em um prazo de dois anos comprando até 70% dos bônus soberanos emitidos no país.

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A OCDE afirmou que o relaxamento quantitativo no Japão está atrasado e nos EUA a política monetária deve permanecer “excepcionalmente acomodatícia” por algum tempo, com uma reversão acontecendo apenas gradualmente para minimizar a volatilidade nos mercados globais.

“A saída de uma política monetária não convencional, quando necessária, pode ser difícil de gerenciar e menos tranquila do que o desejável, possivelmente levando a fortes aumentos nos yields dos bônus e a sérias consequências negativas para o crescimento no número de países avançados e emergentes”, disse a OCDE. As informações são da Dow Jones.

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