OCDE mantém alta de 2,5% do PIB do Brasil em 2013

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) manteve a previsão de que a economia brasileira crescerá a um ritmo de 2,5% em 2013. A previsão consta do relatório anual OCDE Economic Outlook divulgado nesta terça-feira, 19, em Paris. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é a mesma divulgada em outubro, quando a Organização realizou evento no Brasil. Para 2014, a OCDE prevê ritmo ligeiramente mais fraco, com expansão do PIB de 2,2%.

No documento divulgado hoje, a OCDE avalia que, após o PIB avançar apenas 0,9% em 2012, “a economia começa a crescer na esteira do investimento mais forte”. Outro ponto que favorece a atividade é o aumento das exportações, fenômeno impulsionado pela recente desvalorização do real. A OCDE também apresentou sua estimativa para o PIB em 2015. De acordo com a Organização, o País deve registrar expansão de 2,5% no ano seguinte à Copa do Mundo.

Ainda nas previsões, a OCDE espera que a inflação ao consumidor termine o ano em 5,9%. Em 2014, a expectativa é de desaceleração para 5%. No ano seguinte, porém, os preços voltam a subir com um pouco mais de força e a inflação ao consumidor deve atingir 5,1%, se distanciando novamente do centro da meta de inflação.

Sobre as contas públicas, a OCDE trabalha com a deterioração da política fiscal. Para 2013, a Organização prevê déficit nominal equivalente a 2,6% do PIB. Confirmado, o número é maior do que o visto no ano passado, quando o setor público consolidado amargou déficit nominal de 2,47% do PIB. A situação deve piorar ainda mais em 2014, ano de eleições presidenciais, quando a OCDE prevê déficit nominal de 2,7% do PIB. O mesmo porcentual deve se repetir em 2015.

A OCDE também anunciou previsões para a conta de transações correntes. O indicador que mede as operações entre o Brasil e o exterior deve terminar com saldo negativo equivalente a 3,6% em 2013, bem mais que o déficit de conta corrente de 2,4% registrado em 2012. Nos próximos dois anos, o rombo deve diminuir: 3,3% em 2014 e 3,2% do PIB em 2015.

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