A crise de dívida da Grécia vai fortalecer a reputação da zona do euro porque a região, que reúne os 16 países que adotam o euro como moeda, tem medidas para evitar que os problemas de um país contaminem os outros integrantes, disse o economista-chefe da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Pier Carlo Padoan. “É importante que os mercados julguem as políticas fiscais dos governos individuais dentro da união monetária”, disse ele. “O pacto de estabilidade tem como objetivo evitar que um país-membro pague as consequências de políticas fiscais insustentáveis de outros”, afirmou.

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De acordo com o Pacto de Estabilidade e Crescimento, os países da União Europeia têm de manter déficits orçamentários dentro do limite máximo de 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Embora os países devam descumprir essa meta este ano, por causa da crise, a Grécia irritou seus parceiros na UE com uma revisão expressiva da previsão de seu déficit orçamentário, para 12,7% do PIB este ano. Como resultado, a Fitch rebaixou a análise de risco da dívida soberana do país de A- para BBB+ na terça-feira; assim, a Grécia é o único país da zona do euro com nota abaixo de A.

Como consequência, Padoan disse que a Grécia tem de escolher entre ajustes fiscais e um custo mais alto da dívida, que de todo modo teria de ser financiado. Ontem, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, disse que estava confiante de que o governo grego adotará as medidas certas para reduzir a dívida. As informações são da Dow Jones.

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