O Brasil tem bons números de abertura de empresas “startups”, com clara liderança na América Latina, e de geração de empregos nessa área, mas precisa fazer mais esforços para inclusão digital da sociedade e ampliar o acesso à banda larga. Os dados foram apresentados pelo diretor para a América Latina da OCDE, Roberto Martínez-Yllescas, durante a 9ª edição da ABES Software Conference, em uma comparação com a média dos países-membro da organização.

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Segundo ele, o Brasil falha em acesso global à banda larga. Por outro lado, pondera que há uma penetração “interessante” da banda larga móvel no País, mais próximo da média dos países da OCDE. Na área de vendas online, os dados, segundo o diretor, são “irônicos”. Apesar de os números de vendas online estarem próximas do grupo médio da organização, boa parte delas ocorre no comércio “business to business”. “Vemos que não existe tanta gente comprando online”, disse.

Martínez-Yllescas destacou que o Brasil tem uma liderança, na América Latina, em número de novas startups, o que gera dados importantes de geração de empregos nessa área. No entanto, o diretor disse que é importante potencializar esse processo “num futuro próximo”, aumentando a capacitação nessa área para quem vai ingressar no mercado de trabalho. Ele afirmou que é preciso “fazer mais esforços” para melhorar a educação pública em matemática, compreensão de leitura e raciocínio científico.

“É importante uma política pública para identificar quais são as demandas das empresas, construir serviços otimizados para troca de informação e de evidências sobre a evolução do mercado de trabalho”, disse, completando: “A política tem de evoluir para fornecer às pessoas competências para o mercado de trabalho. A moeda de câmbio agora não é só informação, mas o conjunto de competências que pessoas têm para responder ao que o mercado de trabalho está procurando”.

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