Obras em Jirau são retomadas; DRT inspeciona canteiro

A Camargo Corrêa, empresa responsável pela construção da usina hidrelétrica Jirau, anunciou que as atividades na obra foram reiniciadas nesta sexta-feira. De acordo com a empresa, os trabalhadores que solicitaram desligamento após atos de vandalismo registrados no canteiro de obras na última terça-feira (3) foram encaminhados às suas cidades de origem. Os locais utilizados em Porto Velho para organizar o embarque dos operários foram desmobilizados.

Neste sábado, fiscais da Delegacia Regional de Trabalho (DRT) foram até o canteiro de obras inspecionar as condições de segurança e acomodações dos funcionários, conforme determinação judicial, devido à ação impetrada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Os promotores também tentaram impedir na Justiça o reinício das atividades até que todos os alojamentos queimados fossem reconstruídos, mas não conseguiram.

A segurança na Hidrelétrica Jirau e também na Usina Santo Antônio, que estão sendo construídas no Rio Madeira, em Rondônia, é garantida por 223 homens da Força Nacional de Segurança. A maior parte deles chegou ao estado depois que 36 dos 57 alojamentos localizados à margem esquerda do Rio Madeira foram queimados por um grupo de vândalos que não concordou com a decisão de voltar ao trabalho após a concessão de reajuste salarial que variou entre 5% e 7%.

Os funcionários da Usina Jirau tinham entrado em greve no último dia 9 de março sem nem ao menos apresentar uma pauta de reivindicações. Depois, exigiram um aumento de 30% no salário para encerrar a paralisação. Após diversas rodadas de negociações intermediadas pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) decidiram retomar as atividades na última segunda-feira (2), mas no dia seguinte foi ateado fogo nos alojamentos.

Devido aos atos de depredação, 11 pessoas foram presas. A polícia ainda investiga o caso. Em março de 2011 houve um caso semelhante na Usina Jirau, quando alojamentos também foram queimados por um grupo de trabalhadores, caso que não é tratado como greve pela Polícia de Rondônia, e sim como uma ação de vandalismo.

As usinas do Rio Madeira São consideradas prioritárias para o desenvolvimento do País e estão incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Juntas, terão capacidade para gerar até 6,6 mil megawatts (MW).

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna