Obama rejeita plano de estímulo e pede paciência

O presidente norte-americano Barack Obama descartou hoje a ideia de que os Estados Unidos possam precisar de um segundo plano de estímulo para tirar a economia da recessão e instou os americanos a serem pacientes com seu plano de recuperação para a economia. Confrontado com números crescentes de desemprego e críticas dos republicanos que já classificaram o plano de estímulo de US$ 787 bilhões como um fracasso, Obama usou seu discurso semanal no rádio e na Internet para lembrar aos eleitores que reverter perdas de postos de trabalho leva tempo.

Ele criticou os republicanos por se oporem ao plano de estímulo e oferecerem poucas alternativas para a pior recessão já enfrentada pelo país desde a Grande Depressão. Ao mesmo tempo, o presidente rejeitou falar em um segundo plano de estímulo, uma ideia que tem sido discutida pelos Democratas e até mesmo pelo famoso investidor Warren Buffett. “Precisamos deixar que as coisas tomem o seu curso como deve ser, com o entendimento de que em qualquer recessão o desemprego tende a se recuperar mais lentamente do que os outros mensuradores da atividade econômica”, disse Obama, que está em visita a Gana hoje e por isso deixou sua mensagem gravada.

O plano “não foi desenvolvido para funcionar em quatro meses”, disse Obama. “Ele foi criado para funcionar durante dois anos.” Desde que Obama assinou o programa, a economia perdeu mais de 2 milhões de empregos e a taxa de desemprego tem atingido níveis superiores ao previsto pela Casa Branca mesmo sem o plano de estímulo.

Os republicanos têm aproveitado a oportunidade para criticar o presidente, mas têm enfrentado dificuldades em alinhar seu discurso. Durante coletiva de imprensa na sexta-feira, os parlamentares republicanos criticavam a Casa Branca por gastar tanto e simultaneamente reclamavam da lentidão da administração para liberar o dinheiro.