O governo dos Estados Unidos planeja reduzir em 1/3 seu atual consumo de petróleo até o fim da década, aumentar a oferta de biocombustíveis em pelo menos 80 milhões de galões em dois anos e fazer das fontes limpas as responsáveis por 80% da geração de eletricidade até 2035. Em quatro anos, 1 milhão de automóveis e caminhões híbridos deverá circular no país. Esses tópicos estarão no plano Garantir o Futuro da Energia, antecipado ontem pelo presidente americano, Barack Obama, em discurso aos estudantes da Georgetown University.
“Quando fui eleito, os Estados Unidos importavam 11 milhões de barris de petróleo diários. Em um pouco mais de uma década, nós vamos cortar em um terço (para 7,3 milhões)”, afirmou Obama, ao destacar a necessidade de redução da dependência da economia americana do petróleo e da busca de fontes alternativas e renováveis.
O Brasil fará parte dessa estratégia como futuro fornecedor de petróleo aos Estados Unidos, mais estável do que os países do Oriente Médio. O presidente americano falou de sua visita ao País, há dez dias, e de seu desejo de “compartilhar tecnologia e conhecimento” para a exploração na camada do pré-sal.
Obama também citou o Brasil como exemplo de uso dos biocombustíveis. “Se alguém duvida do potencial desses combustíveis, considere o Brasil”, afirmou. Ao detalhar seu plano, Obama mencionou a impossibilidade de os Estados Unidos alcançarem autossuficiência em petróleo pelo fato de contar com apenas 2% das reservas mundiais e absorver 25% do combustível extraído no planeta. “Mesmo que nós dobrássemos a nossa produção, ela seria ainda muito curta”, afirmou. A matriz, indicou ele, terá que ser orientada para as energias renováveis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.