Obama nega pedido de autopeças para mais recursos

O governo de Barack Obama rejeitou um pedido das fabricantes de autopeças por até US$ 10 bilhões em nova ajuda, concluindo que a administração não deve interferir mais na contração do setor. Neil De Koker, presidente e executivo-chefe da associação Original Equipment Suppliers, disse que o conselheiro de Obama, Ron Bloom, negou o pedido em uma reunião na semana passada.

Com a rejeição do pedido, o Departamento do Tesouro parece ter limitado o volume de recursos dos contribuintes que pretende gastar para salvar o setor automotivo dos EUA. O movimento também indica que o governo está confiante em que seu esforço para salvar a General Motors e a Chrysler vai estabilizar o setor. Bloom e vários outros membros do governo disseram a De Koker que “uma consolidação no setor precisa acontecer”. Segundo De Koker, Bloom afirmou que a administração não sente que a perspectiva de novas concordatas de fornecedores de peças nos próximos meses representa uma ameaça sistêmica para o setor automotivo.

“Eles sentem que – a menos que vejamos o caos ou uma situação desordenada na qual fábricas sejam fechadas por falta de peças ou algo do tipo – tudo está funcionando”, disse De Koker. Um porta-voz do Tesouro afirmou esta semana que “no momento, nenhuma mudança foi feita em relação a financiamentos”. As fabricantes de autopeças pediram que o governo dos EUA garantisse entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões em empréstimos de bancos para as empresas do setor. A ajuda se somaria ao programa de US$ 5 bilhões de suporte para os fornecedores de peças criado pelo governo no início deste ano.

Hoje, o senador Sherrod Brown, democrata de Ohio, afirmou em comunicado que planeja apresentar uma legislação para fornecer mais ajuda às fabricantes de autopeças. O plano, que Brown afirma ter apoio de líderes empresariais, ambientais e trabalhistas, pretende evitar uma onda de concordatas por parte das fabricantes de peças e, ao mesmo tempo, ajudá-las a se reequiparem para fabricar carros mais eficientes no consumo de combustível. As informações são da Dow Jones.

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