O presidente dos EUA, Barack Obama, transmitiu hoje sua mensagem de encontrar uma “abordagem equilibrada” para cortar o déficit do país para eleitores jovens, dizendo que quer acabar com benefícios fiscais para empresas de petróleo e gestores de fundos de hedge em vez de cortar gastos com educação. O presidente também afirmou que o país não vai declarar moratória de sua dívida.
Obama disse, durante uma audiência de estudantes e professores da Universidade de Maryland, que está ainda comprometido com o pacote de redução de déficit que inclui aumentos de impostos. “Se nós não tivermos qualquer receita para ajudar a fechar essa lacuna, então muitas pessoas comuns serão prejudicadas”, destacou Obama.
“E isso não faz qualquer sentido”, continuou o presidente. “Isso não é justo”.
O discurso de Obama ocorre em meio a um esforço caótico da Casa Branca e líderes do Congresso para fechar um acordo sobre como reduzir o crescente déficit do país e impedir que os EUA deixem de pagar sua dívida.
Mas os líderes estão sob a mira da arma. Se o Congresso não elevar o teto da dívida do país até 2 de agosto, os EUA declararão moratória (default) de suas obrigações, possivelmente agitando os mercados financeiros e fazendo com que a economia entre em recessão.
Obama afirmou que os EUA elevarão o teto da dívida. No entanto, um acordo para reduzir o déficit parece mais tênue. Segundo fontes com conhecimento do assunto, o presidente dos EUA e o porta-voz da Câmara dos Representantes, John Boehner, estão se movimentando em direção a um acordo.
O plano em estudo iria cortar até US$ 3 trilhões em gastos e revisar o código tributário até o final do próximo ano para levantar até US$ 1 trilhão.
Perguntado sobre se a emenda 14 da Constituição oferece margem de manobra para elevar o teto da dívida da nação sem aprovação do Congresso, Obama respondeu que seus advogados não estão convencidos que é esse um “argumento correto.” As informações são da Dow Jones.