Depois de enfrentar muitas críticas, o presidente eleito dos Estados Unidos Barack Obama decidiu neste sábado (10) tornar público seu plano para recuperar a economia do país, que prevê o aporte de US$ 775 bilhões em cortes de impostos e aumento dos gastos para criar cerca de 3,5 milhões de postos de trabalho nos próximos dois anos. A expectativa inicial de Obama era que o plano fosse aprovado antes mesmo de sua posse.
Representantes do presidente eleito e de George W. Bush chegaram a se reunir com o secretário do Tesouro, Henry Paulson, para discutir a liberação antecipada de recursos da ordem de US$ 350 bilhões. A porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, no entanto, informou que o governo ainda não decidiu se conseguirá atender tal demanda até o final do mandato de Bush.
O relatório sobre o plano econômico de Obama disponível na internet tem 14 páginas e alerta que as estimativas consideradas para elaborar o plano estão sujeitas a uma “margem de erro”, tanto em função dos modelos econômicos adotados como pela incerteza quanto às mudanças no pacote final após a aprovação do Congresso.
Conselheiros do presidente eleito Obama alertam que se o Congresso não aprovar o pacote de estímulo econômico, o país poderá perder mais 3 a 4 milhões de postos de trabalho durante o período de recessão. A divulgação na internet deve intensificar o debate sobre a recuperação econômica à medida que os economistas avaliam o plano com mais profundidade. Pelas estimativas apresentadas no documento, a taxa de desemprego deve recuar 1,8% até 2010 se o plano for aprovado.
Representantes do Partido Democrata no Congresso afirmam que há mais pontos em “acordo que divergências” sobre os principais pontos do plano de recuperação apresentado por Obama. O documento está disponível no site www.change.gov.