O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), disse nesta quinta-feira, 30, que ainda faltam “muitos votos” para levar ao plenário da Casa Legislativa a proposta de emenda constitucional da reforma da Previdência.

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Sobre as mudanças nas regras de transição para o funcionalismo público cobradas pelo PSDB, ele considerou o assunto como “resolvido” e indicou não haver mais espaço para novas concessões sem ter como contrapartida a garantia de votos.

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Tucanos defendem que servidores que ingressaram no funcionalismo antes de 2003 tenham direito à aposentadoria com o último salário da carreira, mas Maia adiantou que, num momento em que o PSDB discute o desembarque do governo, não pode pedir a mudança ao relator Arthur Maia (PPS-BA) se a alteração não vai garantir votos.

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“É melhor não mexer. Para que mudar a reforma, se essa mudança não vai agregar votos?”, questionou o presidente da Câmara. “Quem pede a mudança não pode pedi-la e depois não ajudar”, avisou o democrata.

Nas contas de Maia, as flexibilizações feitas no texto já reduziram para R$ 400 bilhões em dez anos a economia gerada pela reforma – ou seja, metade dos R$ 800 bilhões que o governo pretendia economizar com a proposta original encaminhada à Câmara. “Menos do que isso, estaremos prejudicando as pessoas que ganham menos e as crianças. A distorção da Previdência tira todo ano do orçamento R$ 60 bilhões”, observou.