O empresário Miguel Krigsner, que fez de uma pequena botica (farmácia de manipulação) um gigante no setor de cosméticos, com lojas em 21 países (2.465 e mais 120 a serem abertas este ano) anunciou ontem a nova configuração administrativa da empresa. Ele sai do comando do dia-a-dia e passa a presidência para Artur Noemio Grynbaum, antes vice, diretoria que deixa de existir.
Terceira maior empresa da área de cosméticos do mundo, O Boticário cresceu 22% no ano passado (contra média nacional de 16%) e não pensa em abrir capital nem em venda para investidores, nacionais ou não. Pelo contrário, quer ?garantir a perenidade da marca?.
Miguel passa a ser presidente de um Conselho de Administração, que contará com a participação do próprio presidente Artur Grynbaum e outros dois executivos contratados no mercado: Nelson Rozental e José Paschoal Rossetti. Outro nome está sendo sondado no mercado para fazer parte do conselho, que contará com cinco membros.
Na presidência do Conselho, Krigsner se dedicará à análise da gestão como um todo e contribuirá efetivamente para os processos de criação e inovação, e na área de Responsabilidade Social e Ambiental, da qual é um dos grandes incentivadores no País.
Investimentos
O Boticário vai investir R$ 180 milhões este ano (no ano passado foram R$ 145 milhões). Como a empresa vem praticamente dobrando de tamanho a cada quatro anos, planeja o crescimento e não descarta a possibilidade de construir nova planta industrial, apesar de reconhecer que a indústria, instalada em São José dos Pinhais, ainda tem capacidade instalada ociosa para atender esse crescimento.