Em sua apresentação no Fórum de Davos, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, fez uma apaixonada defesa do euro, ameaçado pela crise nos países periféricos da Europa. Para ele, a moeda comum não é apenas um assunto monetário e financeiro, mas também político, e está ligada à identidade europeia e a 60 anos de paz no continente.
“Nunca – ouçam-me com atenção -, nunca vamos voltar as costas ao euro, nunca vamos abandoná-lo”, disse Sarkozy, afirmando que falava também pela chanceler alemã, Angela Merkel. Ele garantiu que a Europa já está passando por duras reformas e por novos arranjos que vão garantir a sobrevivência do euro.
No debate sobre regulação bancária, Sarkozy atacou a falta de regras e controles que esteve na origem da crise financeira global. James Dimon, presidente e principal executivo do JP Morgan, um dos maiores bancos do mundo, defendeu o papel das instituições financeiras.
Sarkozy lembrou que a falência do Lehman Brothers em setembro de 2008 deflagrou uma crise que levou dezenas de milhões de pessoas ao desemprego em diversos países, e isso “causou muita raiva”. “O mundo ficou estupefato de ver um dos maiores bancos desabar como um castelo de cartas”, criticou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.