Em ano de forte retirada de recursos da poupança, o Tesouro Direto registrou em 2015 grande expansão e quebrou uma série de recordes. De acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira, 25, pelo Tesouro Nacional, o número de operações de venda de títulos cresceu 169,6%, saltando de 387 mil em 2014 para 1 milhão no ano passado. As vendas líquidas – diferença entre títulos vendidos e os resgates – tiveram alta de 207,8%, indo de R$ 2,5 bilhões em 2014 para R$ 7,7 bilhões em 2015.
As vendas brutas fecharam 2015 com um valor total de R$ 14,5 bilhões, um incremento de 190,4% em relação ao ano anterior. De acordo com o Tesouro, o crescimento foi motivado por uma série de melhorias no programa, como a criação da recompra diária e do orientador financeiro, uma espécie de gerente virtual.
O número de investidores também cresceu e bateu recorde. No ano passado, o Tesouro Direto teve um acréscimo mensal médio de 14.186, uma alta de 124,4%. Os investidores posicionados tiveram um acréscimo médio de 8.741 ao mês, 236,7% a mais que em 2014. Para o Tesouro, a expansão do programa é uma tradução da confiança do investidor.
No ano, o estoque do Tesouro Direto atingiu R$ 25 bilhões, um incremento de 63,7%. “Se o Programa Tesouro Direto fosse um fundo gestor de ativos (Asset Management), estaria entre os 5 maiores do Brasil”, analisa o Tesouro.
Segundo o órgão, a execução de ações relacionadas à melhoria do programa continuará ao longo dos próximos anos. “Para 2016 e 2017 já estão previstos os lançamentos da segunda e terceira onda de melhorias que objetivam tornar o Tesouro Direto ainda mais acessível e atraente aos investidores”.