O número de empresas que optou por migrar para o mercado livre de energia em 2016 saltou para 2.303, ante 93 em 2015. Isso representa um aumento de 25 vezes na quantidade de pedidos aprovados de adesão de consumidores para migração, de acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
A maior parte das adesões, 91%, foi de consumidores especiais, ou seja, empresas com demanda entre 0,5 MW e 3MW e que são obrigadas a adquirir energia de Pequenas Centrais Hidrelétricas ou de fontes incentivadas especiais, como energia eólica, a biomassa ou solar.
Assim, o mercado livre ampliou sua representatividade no consumo total de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN), de 23,3% em outubro de 2015 para os atuais 27%.
“Um conjunto de fatores, como o aumento da tarifa no mercado regulado, a simplificação da medição e a melhora na hidrologia, que impacta na queda do preço da energia no mercado livre, foi primordial para que as empresas tomassem a decisão de migrar para o mercado livre”, afirma o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri, por meio de nota.
Para 2017 a expectativa é ainda de crescimento da migração, porém em menor intensidade. Há 1.121 processos de adesão abertos para migrar do ambiente cativo para o livre, dos quais 1.044 consumidores especiais, informa a CCEE.