A Secretaria da Agricultura recebeu no final da tarde desta sexta-feira resultados negativos dos exames de 48 amostras coletadas no dia 29 de novembro dos animais da Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira. Os laudos foram emitidos pelo Setor de Virologia do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Belém (PA). De acordo com o Lanagro, todos os resultados são negativos.
Os exames são de prova de Probang e Fixação de Complemento, realizado a partir da coleta de líquido esofágico faríngeo dos animais suspeitos para pesquisa do vírus da febre aftosa. Para o vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, os resultados obtidos eram esperados. ?Eles vêm confirmar aquilo que sempre defendemos. Ou seja, que o Paraná não tem febre aftosa?, disse.
O diretor-geral da Secretaria, Newton Pohl Ribas, lembrou que a Fazenda Cachoeira foi declarada como foco da doença pelo Ministério da Agricultura no dia 7 de dezembro. ?Lamentavelmente, apesar de todos os exames negativos para identificação do vírus de febre aftosa, o Paraná é considerado como foco da doença?, concluiu.
Sacrifício
Reunião técnica realizada na quinta-feira desta semana, na Assembléia Legislativa do Paraná, não conseguiu encontrar um ponto comum na indecisão sobre o que fazer com as mais de duas mil cabeças de gado que estão na Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira, norte do Estado, onde foi declarado foco de aftosa. O deputado federal César Silvestre (PPS) considerou que a solução seria um acordo entre os governos do Estado e Federal, com o sacrifício dos animais, pondo fim à polêmica.
Novidade, apenas, a opinião do gerente da Fazenda Cachoeira, André Carioba Filho, que se disse favorável ao sacrifício sanitário ?desde que a fazenda seja indenizada com o preçõ justode mercado?. Ele rejeitou, porém, a existência de aftosa, tanto que as novilhas compradas durante o leilão em Londrina (provenientes do Mato Grosso e que seriam as portadoras do vírus) engordaram 70 quilos em 65 dias.
Os membros da Comissão de Agricultura da Câmara Federal, segundo Silvestre, vão tentar agendar audiência com o ministro Roberto Rodrigues, da Agricultura, que se encontra em Hong Kong, para a próxima terça-feira. O objetivo é encontrar uma solução para o problema.
