Novo leilão do pré-sal só deve ocorrer em 2016, diz ANP

O diretor da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Helder Queiroz, afirmou nesta quinta-feira, 03, que novos leilões para áreas do pré-sal só devem acontecer em 2016. A previsão anterior da reguladora era que os leilões fossem realizados a cada dois anos, o que indicaria a possibilidade de uma nova rodada em 2015.

“Nossa previsão para o pré-sal é realizar a cada dois anos. Ano que vem provavelmente não teremos, apenas um leilão de concessões. Provavelmente, só em 2016”, afirmou o diretor.

A última rodada de leilão para áreas do pré-sal foi realizada em novembro de 2013, com a concorrência para a produção em Libra, primeira área licitada. Na última semana, quatro áreas do pré-sal (Búzios, Florim, Nordeste de Tupi e Entorno de Iara) foram concedidas para a Petrobras, via contratação direta.

13ª rodada

Queiroz afirmou ainda que a reguladora irá encaminhar ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) as áreas que poderão ser incluídas na 13ª rodada de concessões. Segundo o diretor, a expectativa é realizar o leilão até junho de 2015.

“Estamos estudando as áreas e vamos levar ao Conselho Nacional de Política Energética até o final deste ano quais são as áreas para a 13ª rodada. A gente tem a expectativa de fazer em junho (o leilão)”, afirmou Queiroz.

O diretor da ANP também afirmou que o objetivo é “diversificar” as áreas ofertadas para concessão. “A direção para as áreas de concessão é buscar diversificar a atividade de exploração e produção. País é enorme, as bacias sedimentares precisam ser estudadas, tanto em áreas maduras quanto em novas fronteiras”, completou.

De acordo com Queiroz, não há mais tempo hábil para a realização de um novo leilão de concessões ainda este ano. “Para este ano não há possibilidade de novo leilão, já não há mais tempo. Nosso objetivo é que tenha um calendário para dar previsibilidade”, afirmou o diretor, após participar de um painel no seminário de negócios, Rio Conferences.

Queiroz afirmou também que a agência ainda estuda a periodicidade para a realização dos próximos leilões. “Dado o conjunto de oportunidades, podemos voltar a fazer anualmente”, afirmou. “Temos condições de oferecer, mas tem que ver a capacidade das empresas em função dos resultados, se elas têm fôlego”, afirmou.

Antes, na conferência, o diretor avaliou que as empresas “vivem dessas oportunidades”. “São certames competitivos e as empresas precisam ter a sinalização de que outras oportunidades estarão sendo colocadas. É nesse sentido que a gente está trabalhando”.

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