Novo índice do IBGE deve indicar desemprego maior

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica (IBGE) tem, hoje, duas taxas de desemprego. Uma é divulgada mensalmente. A outra vem sendo trabalhada pelo instituto desde setembro, em paralelo, e é mantida em segredo. Trata-se do indicador que surgirá com a nova Pesquisa Mensal de Emprego, que será divulgada provavelmente em janeiro. A nova taxa substituirá a antiga e deverá nascer num nível acima do atual.

Embora o IBGE não confirme que a taxa de desemprego aumentará, é de se esperar que isto ocorra, por conta de mudanças na metodologia aplicada. O tempo de procura por trabalho, por exemplo, antes limitado a sete dias antes da entrevista, será ampliado para 30 dias, conforme recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A consultora do IBGE para o projeto, Marileni Mansoldo, diz que, teoricamente, quando se aumenta o prazo de procura de trabalho, o contingente de pessoas neste grupo tende a aumentar. Na prática, como a taxa de desemprego se resume à divisão do número de pessoas procurando trabalho pelo total da mão-de-obra disponível para trabalhar, o indicador poderá crescer. Já as mudanças na mão-de-obra disponível não deverão alterar substancialmente o denominador da equação do desemprego.

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