Novo índice de serviços da Fipe sobe 0,60%

O novo Índice Geral de Serviços, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), apresentou alta de 0,60% na primeira quadrissemana de janeiro na cidade de São Paulo. O resultado superou a variação positiva de 0,46% do encerramento do mês de dezembro e fez o indicador restrito de preços voltar para os níveis próximos de novembro, quando fechou em alta de 0,65%.

O Índice Geral de Serviços foi lançado oficialmente nesta quarta-feira pela Fipe. Em entrevista à Agência Estado na sede do instituto, o coordenador do tradicional Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da instituição, Rafael Costa Lima, disse que o novo indicador é uma das grandes novidades geradas pela mais recente Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do instituto, que começou a vigorar definitivamente em julho do ano passado. “A nova POF ajudou a agrupar melhor os itens e trazer uma maior qualidade ao novo índice de Serviços”, comentou.

De acordo com o coordenador do IPC, a criação do indicador específico dos preços de Serviços foi motivada pela necessidade cada vez maior do acompanhamento de um segmento quem vem pressionando cada vez mais os índices de inflação ao consumidor. Segundo Costa Lima, com o cenário de renda dos trabalhadores ainda aquecido no Brasil, há uma tendência natural de demanda cada vez maior por serviços diversos por parte da população. E este movimento é refletido diretamente na inflação como um todo, preocupando os economistas do mercado financeiro e o próprio Banco Central.

O Índice Geral de Serviços representa 45,485% do IPC tradicional da Fipe. Enquanto o indicador geral é dividido em sete grupos, o índice restrito de Serviços é composto por seis, já que Vestuário não entra na classificação.

Por ordem de representatividade, a Habitação responde por 48,35% do Índice Geral de Serviços. Na sequência, ficaram os grupos Transportes (17,75%), Despesas Pessoais (10,08%), Saúde (9,73%) e Educação (7,45%). De maneira diferente do observado no IPC tradicional, onde tem o segundo maior peso (de 22,93%), o grupo Alimentação tem a menor participação do indicador de Serviços, de apenas 6,64%. Segundo Costa Lima, isso acontece porque só a parte de Alimentação Fora do Domicílio pode ser classificada como preços de Serviços no IPC.

O coordenador do IPC ressaltou que a metodologia do indicador de Serviços é a mesma adotada pelo índice tradicional da Fipe. “Não são novas informações. Estamos só agrupando de uma maneira diferente para monitorar melhor este tipo de preço”, esclareceu. “Fizemos uma classificação bem abrangente dos preços de serviços”, acrescentou.

De acordo com a Fipe, o grupo Despesas Pessoais foi o que apresentou o avanço mais expressivo no Indicador Geral de Serviços na primeira quadrissemana de janeiro, de 2,90%, ante a alta de 2,79% verificada no final de dezembro. Na sequência, todos em elevação, ficaram os grupos Alimentação (1,01% ante 0,94%); Educação (0,96% ante 0,00%); Saúde (0,38% ante 0,19%); Habitação (0,23% ante 0,19%); e Transportes (0,14% ante 0,02%).

Quanto ao item vilão do Índice Geral de Serviços da primeira quadrissemana de janeiro, a Fipe informou que o de Viagem (Excursão), localizado em Despesas Pessoais, foi o grande destaque do período, com avanço de 6,68% ante alta anterior de 6,42%. No IPC tradicional, ele também foi o líder do ranking de altas, com a mesma variação.

Outros exemplo de item pressionado do mesmo grupo foi Passagens Aéreas, cuja alta foi de 6,81% (ante 7,44%). Fora de Despesas Pessoais, o item Ensino Superior (de Educação) subiu 1,15% ante variação zero e mereceu destaque, assim como o item Refeição (de Alimentação), cuja elevação foi de 1,10% ante variação positiva anterior de 0,90%.

Costa Lima explicou que alguns “ajustes finos” ainda deverão ser feitos no indicador de Serviços nas próximas divulgações. Segundo ele, poderão ser feitos alguns desmembramentos do indicador em mais subgrupos dos grupos já conhecidos.

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