Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, alertam os produtores a tomar cuidados redobrados na colheita de soja para reduzir a perda de grãos que, além do desperdício, vai exigir mais esforços para eliminar as plantas de soja remanescentes. É que, a partir de 2008, sobe para nove o número de estados brasileiros com adesão ao vazio sanitário, período de proibição de soja no campo durante a entressafra.

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Os estados que aderiram ao vazio são: MT, GO, MS, TO, SP, MG, MA, BA e PR. O vazio sanitário é novidade, em 2008, no Paraná e na Bahia. A regra geral para todas as regiões é a proibição de cultivo da soja no período estabelecido (no Paraná é de 15/6 a 15/9) e também a eliminação de soja voluntária ou tigüera (plantas originárias dos grãos caídos no solo). Em safras passadas, as semeaduras de soja irrigada, na entressafra, serviu como uma ?ponte verde? para a permanência do fungo no ambiente, prejudicando a safra de verão.

?O vazio sanitário é uma estratégia adicional no manejo da ferrugem asiática da soja (causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi), que objetiva reduzir a quantidade de esporos do fungo no ambiente e, dessa forma, inibir o ataque precoce à soja durante a safra?, explica a pesquisadora Claudine Seixas, da Embrapa Soja.

O vazio sanitário foi implantado, em 2006, em Mato Grosso e em Goiás e, a partir de 2007, foi adotado também pelo Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Maranhão.

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