| Foto: Chuniti Kawamura |
 |
| Rodrigo da Rocha Loures: medidas positivas. continua após a publicidade |
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, classificou como positivas as medidas para a indústria anunciadas pelo governo federal. Porém, ele é cauteloso em analisar que o real supervalorizado pode trazer problemas à economia do País. ?O câmbio é um fator crítico. A política macroeconômica pode impedir que o potencial da política industrial se desenvolva na plenitude por falta de ambiente propício ao investimento. Seria desejável uma revisão dessa estratégia, trocando a ancora cambial pela fiscal?, afirmou.
Rocha Loures disse ainda que é importante que cada estado desenvolva suas políticas locais de apoio à indústria, pois existem fatores característicos de cada local, como infra-estrutura, formação de mão-de-obra, burocracia e licenciamentos, que só podem ser resolvidos nas esferas regionais. ?Política industrial não é só incentivo fiscal. É preciso criar arranjos institucionais locais?, disse.
O advogado tributarista e diretor do Instituto de Pesquisas Tributárias, Marcelo da Silva Prado, diz que apesar das medidas ainda estarem um pouco ?cruas? porque acabaram de ser divulgadas e estão sendo avaliadas, dois pontos devem ser destacados positivamente: a redução do prazo de apropriação de créditos do PIS/Cofins e a diminuição da contribuição para o INSS da indústria de exportação de softwares e equipamentos de informática.
Prado diz que ambas as medidas reduzem os custos para os empresários e a redução do prazo de apropriação dos créditos do PIS/Cofins é melhor ainda, na medida em que atinge todos os setores.
Já o presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet (Regional Paraná), Luís Mário Luchetta, fez críticas às medidas. Ele disse que o governo deve começar a se preocupar, com urgência, com a indústria local de software. ?São poucas as empresas no País que conseguem colocar seus produtos no mercado externo e competir lá fora. Então o incentivo deve começar internamente para que o setor também consiga atingir o mercado externo?, avaliou.