A revisão para baixo da meta de superávit primário para 2016 “estaria em linha com a decisão da Moody’s de colocar o rating do País em revisão para rebaixamento”, comentou Samar Maziad, vice-presidente e analista sênior da Moody’s. Em nota a jornalistas, ela destacou a posição da Moody’s adotada na semana passada, que também considera a piora do cenário fiscal e de outros indicadores macroeconômicos. “Na nossa visão, diminuiu a capacidade do governo de reportar superávits primários grandes o suficiente para estabilizar as proporções da dívida”, apontou.
Em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Samar destacou as perspectivas negativas para o PIB e para as contas públicas para 2016. “Se o cenário fiscal e de queda do crescimento for mantido, como será possível manter o rating do Brasil?”, questionou.
A agência internacional colocou o rating do País em revisão na semana passada para possível rebaixamento, o que poderá ser definido em até três meses a partir daquela decisão. A Moody’s projeta que o Brasil apresentará déficit primário de 1% do PIB em 2015 e também em 2016 e prevê que o Produto Interno Bruto recuará 3,5% neste ano e 3,0% no próximo.