O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira (12) que a isenção de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) dada no passado para a aplicação de investimento estrangeiro em títulos públicos serviu para fazer o alongamento do perfil da dívida, mas que hoje não interessa mais ao governo este fluxo grande de recursos estrangeiros. Além disso, explicou o ministro, a cobrança de 1 5% de IOF nas operações financeiras de estrangeiros em renda fixa e em títulos públicos compensará em parte a perda de arrecadação com a CPMF. "Estamos mantendo uma tributação que já existia e estamos repondo parte da CPMF", explicou Mantega.
Segundo ele, o objetivo das medidas anunciadas nesta quarta-feira é manter a política econômica dos últimos cinco anos. "Nesse momento se faz necessário reduzir o custo do exportador", disse. De acordo com ele, serão tomadas medidas de curto, médio e longo prazos. As ações anunciadas nesta quarta-feira são as de curto prazo e as de médio e longo prazos serão anunciadas junto com a política industrial, que o ministro disse que ainda não há data.
Ao ser questionado se o governo poderia estudar novas medidas de contenção da valorização do real se, na segunda-feira, quando as medidas entram em vigor, o dólar continuar caindo, Mantega respondeu que ele poderia cair ainda mais se não tivessem sido tomadas as medidas anunciadas nesta quarta-feira.