A nova Cofins, que entra em vigor a partir de fevereiro, vai pesar mais sobre os setores de comércio e serviços. Estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) mostra que a indústria será o setor menos prejudicado pela elevação da alíquota da Cofins, que passará de 3% para 7,6%.

O IBPT pesquisou 91 setores da economia e constatou que para 65 deles, ou seja, 71% haverá aumento de carga tributária com a entrada em vigor da Cofins não-cumulativa.

De acordo com o estudo, o impacto final da Cofins sobre os preços dos produtos e serviços, que hoje é de 6,31%, subirá para 8,39%.

Na média, o setor industrial terá custo efetivo de 2,96% com a nova sistemática da Cofins. O comércio atacadista terá média de 3,01%; o comércio varejista, de 3,39%; e o de serviços, de 5,34%

A diferença do peso da mudança da Cofins depende da cadeia de produção de cada setor da economia. Setores que têm várias etapas de produção serão beneficiados, pois poderão abater o que foi pago nas etapas anteriores.

No lado contrário, setores com intensiva mão-de-obra, como o de serviços, serão prejudicados, porque como usam pouco ou nenhuma matéria-prima, não terão o que abater do imposto.

Pelos cálculos do IBPT, a nova Cofins deve elevar em R$ 9 bilhões a arrecadação do governo federal, que em 2003 foi de R$ 59,56 bilhões. Em 2002, a Cofins arrecadou R$ 52,27 bilhões.

continua após a publicidade

continua após a publicidade