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Moedas vão tomar o lugar |
Lançada em junho de 1994, a nota de R$ 1,00 desaparecerá, gradualmente, das mãos dos brasileiros. O Banco Central (BC) pretende pôr moedas no mercado. A troca, de acordo com o diretor de Administração do BC, João Antônio Fleury, não será feita de forma forçada. ?Enquanto houver demanda, nós vamos produzir a nota de R$ 1,00?, afirmou. Existem atualmente, segundo Fleury, um total de 500 milhões de notas de R$ 1,00 em circulação e mais 480 milhões de moedas do mesmo valor.
Para alcançar o objetivo, o banco terá de enfrentar a falta de hábito dos brasileiros em usar moedas. ?As pessoas têm de tirar as moedinhas das gavetas e dos cofrinhos e colocá-las para circular?, afirmou. O gesto, segundo ele, ajudaria a sociedade a reduzir as dificuldades com a falta de troco e ainda abriria espaço para uma queda dos custos de produção dos meios de pagamento. ?Temos de lembrar que o tempo médio de vida de uma nota é de 12 a 14 meses e o de uma moeda chega aos 30 anos?, disse. Com gastos menores, o governo, de acordo com Fleury, ganharia terreno para aplicar mais recursos em áreas como saúde e educação. ?As pessoas têm de se conscientizar disso?, disse.
A mesma preocupação com o troco levou a instituição financeira a mudar o atual sistema de guarda e distribuição do dinheiro em circulação no País. ?O recebimento e a distribuição de notas e moedas do sistema financeiro passará a ser feito, exclusivamente, pelos próprios bancos?, disse. O primeiro teste começou a ser feito ainda no início de abril, quando o Banco do Brasil (BB) assumiu a responsabilidade total por este serviço. ?Agora, nós (o BC) só distribuímos ao mercado o dinheiro novo.? Antes, o trabalho era feito pelo BB apenas nas localidades onde o BC não tem representação. ?Fazíamos o recebimento e a distribuição do dinheiro em dez capitais?, disse o diretor de Administração do BC.
No futuro, a instituição quer que outros bancos possam fazer o mesmo serviço hoje realizado com exclusividade pelo BB. Além de receber, guardar e distribuir o dinheiro, os bancos também passarão a ser responsabilizados pelo processamento das notas e moedas em circulação. ?Este é um trabalho feito por nós e que depende do uso de máquinas muito caras?, afirmou. É a partir do processamento que o BC decide se o dinheiro ainda tem condições de continuar circulando ou se deve ser destruído.
