A Região Nordeste tem quase 3 milhões de pessoas em situação de desalento no terceiro trimestre, ou seja, 2,934 milhões de habitantes da região não procuravam emprego por acreditar que não conseguiriam uma vaga, por exemplo. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Brasil registrou um total de 4,703 milhões de pessoas em situação de desalento no terceiro trimestre de 2019. Na região Sudeste, 921 mil pessoas estavam nessa condição.
Os maiores contingentes estavam na Bahia (781 mil pessoas) e no Maranhão (592 mil desalentados). Os Estados com menor população em desalento foram Roraima (17 mil) e Amapá (19 mil).
O porcentual de pessoas desalentadas – em relação a todos os desocupados, ocupados e pessoas com disponibilidade para trabalhar mas que não estão procurando emprego – foi de 4,2% na média do País no terceiro trimestre, mas alcançou 18,3% no Maranhão e 16,5% em Alagoas.
Os menores porcentuais foram registrados em Santa Catarina (1,1%), Rio Grande do Sul (1,3%) e Distrito Federal (1,3%).
Subutilização da força de trabalho
A taxa composta de subutilização da força de trabalho – que mostra o porcentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e inativos com potencial para trabalhar – superou o patamar de 40% no terceiro trimestre em dois Estados brasileiros: Maranhão (41,6%) e Piauí (41,1%).
Na média nacional, a taxa de subutilização foi de 24,0% no terceiro trimestre. Os menores resultados ocorreram em Santa Catarina (10,6%), Mato Grosso (14,7%), Rio Grande do Sul (16,3%) e Mato Grosso do Sul (16,3%).