Em março, que seria o último mês da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para móveis e veículos, as vendas no comércio varejista no País aumentaram 13,5% em relação ao mesmo mês de 2009. Foi a maior taxa anual de crescimento registrada pelo Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio desde setembro de 2008. Descontadas as influências sazonais, o aumento da atividade varejista de fevereiro a março foi de 2,9%.
No final de março, no dia 26, o Ministério da Fazenda anunciou a redução definitiva de 10% para 5% da alíquota de IPI para móveis, mas, de acordo com os técnicos da Serasa, os consumidores contavam com o fim do benefício naquele mês, o que incrementou as vendas da mesma forma. A redução do IPI para veículos terminou em 31 de março.
O indicador, divulgado hoje, é composto por uma amostra de 6 mil empresas e dividido em seis ramos de atividade comercial. Na comparação entre fevereiro e março, as lojas em que as vendas mais cresceram foram as de Veículos, Motos e Peças (8,3%) e de Material de Construção (4,1%). Esse último setor foi um dos mais atingidos pela crise econômica mundial e conta com IPI reduzido até o fim deste semestre. Todos os ramos de comércio tiveram alta de mais de 2% nas vendas.
De acordo com os técnicos da Serasa, o bom desempenho do comércio ocorre graças ao “crescimento da massa salarial real e pela oferta de crédito”. Na comparação anual, a alta de 13,5% registrada em março foi puxada pelo segmento de Veículos, Motos e Peças, que teve crescimento de 31,4%. Também cresceram os setores de Móveis, Eletroeletrônicos e Informática (21%) e de Material de Construção (21,3%). Os três ramos foram beneficiados por isenções fiscais do pacote anticrise do governo federal.
No acumulado do primeiro trimestre de 2010, a atividade do comércio cresceu 11,3%, liderada pelo segmento de Veículos, Motos e Peças (24,7%) e de Móveis, Eletroeletrônicos e Informática (20,3%). Apenas o setor de Combustíveis e Lubrificantes apresentou queda nessa comparação (-1,6%).