O Banco Central espera que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha crescimento de 2,2% em 2018, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado nesta quinta-feira, 21. Esta é a primeira vez que o BC revela suas projeções para o próximo ano.
Entre as componentes do PIB para 2018, o BC projeta crescimento de 1,5% da agropecuária, expansão de 2,6% no setor industrial e alta de 1,9% para o segmento de serviços.
No lado da demanda, o BC estima que o consumo das famílias vá acumular aumento de 2,5% em 2018, enquanto o consumo do governo terá expansão de 1,0%.
O documento agora divulgado indica ainda que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – indicador que mede o volume de investimento na economia – deverá ter expansão de 3,0% em 2018.
Revisões
O Banco Central espera que o PIB tenha crescimento de 0,7% em 2017, conforme o RTI divulgado na manhã desta quinta-feira. No documento anterior, de junho, a projeção era de alta de 0,5%.
Entre as componentes do PIB para este ano, o BC projeta crescimento de 12,1% da agropecuária, queda de 0,6% no setor industrial e alta de 0,1% para o segmento de serviços. Antes, as previsões eram de 9,6% para a agropecuária, de 0,3% para a indústria e de -0,1% para serviços.
No lado da demanda, o BC estima que o consumo das famílias vá acumular aumento de 0,4% em 2017, ante a estabilidade (0,0%) projetada antes. O consumo do governo terá retração de 1,8%, ante recuo de 0,6% do relatório anterior.
O documento de hoje indica ainda que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) deverá ter recuo de 3,2% em 2017. No RTI de junho, a expectativa era de retração de 0,6%.
Déficit em conta corrente
O Banco Central atualizou no RTI suas estimativas para o balanço de pagamentos brasileiro em 2017. A projeção para o déficit em conta corrente este ano passou de US$ 24,0 bilhões para US$ 16,0 bilhões.
Dentro da conta corrente, a estimativa para a balança comercial do País em 2017 passou de superávit de US$ 54,0 bilhões para superávit de US$ 61,0 bilhões. A projeção para as exportações, conforme o RTI, subiu de US$ 203,0 bilhões para US$ 210,0 bilhões, enquanto a estimativa para as importações permaneceu em US$ 149,0 bilhões.
O BC também manteve sua projeção para o Investimento Direto no País (IDP) em 2017, em US$ 75,0 bilhões. Já a estimativa dos gastos líquidos dos brasileiros com viagens internacionais este ano foi de US$ 12,5 bilhões para US$ 13,5 bilhões.
De acordo com o RTI, a projeção de gastos com juros em 2017 passou de US$ 22,5 bilhões para US$ 23,5 bilhões. Já a estimativa de saída de recursos do País, por meio de remessas de lucros e dividendos, passou de US$ 24,5 bilhões para US$ 23,0 bilhões.
Ações e renda fixa
A projeção do BC para o fluxo de recursos por meio de ações em 2017 passou de zero para US$ 3,0 bilhões de entrada. No caso da renda fixa, a projeção permaneceu em zero.
O BC costuma atualizar suas projeções para o balanço de pagamentos a cada três meses, durante a divulgação da Nota do Setor Externo. Neste mês, porém, a divulgação do RTI (também trimestral) ocorreu antes do anúncio da nota, marcado para o dia 26. Em função disso, as projeções mais recentes já constam no RTI.
Projeções
O Relatório Trimestral de Inflação trouxe pela primeira vez suas estimativas para o balanço de pagamentos brasileiro em 2018. A projeção para o déficit em conta corrente do próximo ano é de US$ 30,0 bilhões.
Dentro da conta corrente, a estimativa para a balança comercial do País em 2018 é de US$ 51,0 bilhões. A projeção para as exportações, conforme o RTI, soma US$ 218,0 bilhões, enquanto a estimativa para as importações é de US$ 167,0 bilhões.
O BC também informou sua projeção para o Investimento Direto no País (IDP) em 2018, de US$ 80,0 bilhões. Já a estimativa dos gastos líquidos dos brasileiros com viagens internacionais no próximo ano é de US$ 17,3 bilhões.
De acordo com o RTI, a projeção de gastos com juros em 2018 é de US$ 20,5 bilhões. Já a estimativa de saída de recursos do País, por meio de remessas de lucros e dividendos, é de US$ 25,5 bilhões.
Já a projeção do BC para o fluxo de recursos por meio de ações em 2018 é de US$ 3,0 bilhões de entrada. No caso da renda fixa, a projeção é de zero.