O governo federal anunciou ontem que 95,5% das obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram concluídas até o fim de abril deste ano, consumindo R$ 871,4 bilhões em investimentos desde o início do governo Dilma Rousseff, em 2011. Apesar dos números de sucesso divulgados ontem por cinco ministros do governo, o País passou os últimos quatro anos com uma média de crescimento inferior a 2% e uma inflação sempre rondando 6%.

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De acordo com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, a “grave crise internacional” não pode ser desprezada. “O que estaria acontecendo com o Brasil e nossa economia se esses investimentos não tivessem sido feitos?” Ela disse que as obras que estavam previstas para a Copa e que não foram entregues estão em andamento. “São obras para a população brasileira”, afirmou.

O Banco Central, por outro lado, estimou anteontem, no Relatório Trimestral de Inflação, que os investimentos na economia brasileira terão um recuo de 2,4% neste ano, ante uma previsão anterior, de março, de expansão de 1%.

O relatório do PAC apresentado pelo governo ontem aponta as obras do Trem de Alta Velocidade (TAV) em São Paulo como “em dia”, apesar de o leilão ter sido cancelado três vezes desde 2010. O trem-bala que ligaria Campinas-São Paulo-Rio de Janeiro era inicialmente previsto para estar pronto neste ano, a tempo da Copa do Mundo.

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Entre os avanços esperados pelo governo, destacados na cerimônia do programa de obras públicas, estão as concessões ao setor privado.

O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, afirmou que investimentos de R$ 9,1 bilhões são esperados nos aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG), que serão totalmente transferidos para mãos de consórcios de empresas privadas em agosto.

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Controle.

De saída do cargo, o ainda ministro Antônio Henrique da Silveira, da Secretaria de Portos, afirmou que se o Tribunal de Contas da União (TCU) efetivamente der o sinal verde para o primeiro bloco de concessões nos terminais de Santos (SP) e Pará na semana que vem, contratos com o setor privado da ordem de R$ 5,7 bilhões em 29 terminais poderão ser assinados.

O secretário de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, afirmou que as diversas medidas tributárias e monetárias tomadas pelo governo tornaram o custo do investimento no Brasil mais baixo. “Além do próprio PAC, que melhora a infraestrutura, podemos dizer que está mais barato investir no Brasil hoje.”

Agora, o governo somente voltará em dezembro a apresentar um balanço das obras do PAC 2 – como é chamado o programa atual, lançado em 2010, sucedendo o PAC 1. Isto porque, pela legislação eleitoral, a cerimônia pode ser considerada “palanque” a partir de 4 de julho.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.